Desde
o tempo do Antigo Testamento, as pessoas tinham a preocupação de se
casar com alguém que também servisse a Deus. Até mesmo em Israel a
questão de casamento não era racial, mas espiritual. Os israelitas eram
proibidos de casar com alguém que fosse estrangeiro, para que essa
pessoa não induzisse a adoração de outros deuses no meio deles.
O
pretendente não precisava ser da descendência física de Abraão para ser
considerado judeu, mas compartilhar da mesma fé que ele tinha. Quem se
convertia ao judaísmo era chamado prosélito, como podemos ver em Atos
2.11, que fala de convertidos ao judaísmo de varias partes do mundo:
O
princípio de não se envolver com um não judeu era repetido vez após vez
na antiga aliança, e quando por algum motivo ele era ignorado, sempre
trazia miséria, maldição e desgraça.
Veja
o caso de Sansão, em Juízes 16, para exemplificar o que aconteceu
quando um homem de Deus se casou com alguém que servia a outros deuses.
Ele se afeiçoou a Dalila, mesmo sabendo que ela não servia a Deus.
Sansão
era alguém com um voto de servir ao Senhor, e um homem chamado para ser
um juiz em Israel. Mas ao insistir em desenvolver um relacionamento
errado, fora dos padrões do Senhor, com alguém que adorava ídolos, ele
se abriu para que o inimigo pudesse atacá-lo e destruir sua vida.
Quando
os príncipes dos filisteus souberam do seu envolvimento com Dalila,
viram isso como uma brecha para poder vencer e matar Sansão. Assim,
sugeriram que ela o persuadisse a contar de onde vinha sua grande força,
e de como poderia ser amarrado e derrotado. Ambiciosa e de olho na
grande quantia de moedas de prata que lhe foi oferecida, não pensou duas
vezes em trair Sansão e revelar o seu segredo aos filisteus.
O
resultado todos nós sabemos. Sua cabeça foi raspada, o Senhor se
retirou dele, perdeu sua força e caiu nas mãos dos inimigos que o
cegaram. De fato, alem de sofrer a derrota, deu combustível aos
príncipes para festejarem a vitoria, atribuindo-a ao deus Dagon.
Depois,
exposto à chacota popular e sem enxergar um palmo à frente do nariz,
abraçou as colunas que sustentavam o templo, derrubando-o. E, em sua
morte, acabou matando mais gente do que em todo o período em que viveu.
Mesmo
tendo vencido muitos inimigos na morte, a sua perda foi uma tragédia
para Israel, pois a nação ficou sem seu principal defensor e herói
contra seus maiores inimigos. Sua atitude de se relacionar com alguém
que não servia ao Deus verdadeiro trouxe destruição e desgraça não
somente a sua vida, mas também deixou o povo que tanto contava com ele a
mercê dos filisteus.
Da
mesma forma, quando você insiste em se relacionar com alguém que não
serve a Deus, está se abrindo a desgraça e a destruição, e um desfecho
da sua historia pessoal que é quase certo será tão triste e desastroso
quanto o de Sansão.
No
Novo Testamento também temos uma advertência forte sobre o
relacionamento com um descrente: “Não entrem debaixo do mesmo jugo
daqueles que não amam ao Senhor, pois que tem o povo de Deus em comum
com o povo do pecado? Como pode a luz conviver com as trevas? E que
harmonia pode haver entre Cristo e o diabo? Como pode um cristão ser
companheiro de alguém que não crê?” (2 Coríntios 6.14,15)
Para
que um amor seja duradouro, o relacionamento entre duas pessoas precisa
estar permeado de uma vida ativa e real com Deus. E na hora de escolher
seu futuro cônjuge, esse deve ser o critério principal.
Toda
vez que eu vejo alguém quebrar esse princípio, com raríssimas exceções,
o fim é sempre trágico. Muitas vezes a pessoa acaba se iludindo, e
começa a racionalizar: “Eu vou conseguir trazê-lo para perto de Deus”.
Mas
quase sempre acontece o contrário. Você é que começa a correr o risco
de se afastar do Senhor. Ao quebrar um princípio da Palavra simplesmente
para as coisas acontecerem do seu jeito e conseguir um relacionamento
mais rápido, você está se abrindo à maldição, ao engano e à tristeza. Se
você mantiver um compromisso de procurar o amor da sua vida da forma
correta, irá colher uma seara de bons frutos na sua vida por essa sabia
decisão.
Trecho retirado do livro À procura do amor da sua vida, de Gary Haynes
Nenhum comentário:
Postar um comentário