"Mensagem do Dia"


Diante de tudo isso, o que mais podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem poderá nos vencer? Romanos 8:31



Ninguém!



A Paz do Senhor



Ev. Fabio Augusto

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Crente tem que se casar com crente. E não tem essa de “vou ganhar pra Jesus”


Desde o tempo do Antigo Testamento, as pessoas tinham a preocupação de se casar com alguém que também servisse a Deus. Até mesmo em Israel a questão de casamento não era racial, mas espiritual. Os israelitas eram proibidos de casar com alguém que fosse estrangeiro, para que essa pessoa não induzisse a adoração de outros deuses no meio deles.
O pretendente não precisava ser da descendência física de Abraão para ser considerado judeu, mas compartilhar da mesma fé que ele tinha. Quem se convertia ao judaísmo era chamado prosélito, como podemos ver em Atos 2.11, que fala de convertidos ao judaísmo de varias partes do mundo:
O princípio de não se envolver com um não judeu era repetido vez após vez na antiga aliança, e quando por algum motivo ele era ignorado, sempre trazia miséria, maldição e desgraça.
Veja o caso de Sansão, em Juízes 16, para exemplificar o que aconteceu quando um homem de Deus se casou com alguém que servia a outros deuses. Ele se afeiçoou a Dalila, mesmo sabendo que ela não servia a Deus.
Sansão era alguém com um voto de servir ao Senhor, e um homem chamado para ser um juiz em Israel. Mas ao insistir em desenvolver um relacionamento errado, fora dos padrões do Senhor, com alguém que adorava ídolos, ele se abriu para que o inimigo pudesse atacá-lo e destruir sua vida.
Quando os príncipes dos filisteus souberam do seu envolvimento com Dalila, viram isso como uma brecha para poder vencer e matar Sansão. Assim, sugeriram que ela o persuadisse a contar de onde vinha sua grande força, e de como poderia ser amarrado e derrotado. Ambiciosa e de olho na grande quantia de moedas de prata que lhe foi oferecida, não pensou duas vezes em trair Sansão e revelar o seu segredo aos filisteus.
O resultado todos nós sabemos. Sua cabeça foi raspada, o Senhor se retirou dele, perdeu sua força e caiu nas mãos dos inimigos que o cegaram. De fato, alem de sofrer a derrota, deu combustível aos príncipes para festejarem a vitoria, atribuindo-a ao deus Dagon.
Depois, exposto à chacota popular e sem enxergar um palmo à frente do nariz, abraçou as colunas que sustentavam o templo, derrubando-o. E, em sua morte, acabou matando mais gente do que em todo o período em que viveu.
Mesmo tendo vencido muitos inimigos na morte, a sua perda foi uma tragédia para Israel, pois a nação ficou sem seu principal defensor e herói contra seus maiores inimigos. Sua atitude de se relacionar com alguém que não servia ao Deus verdadeiro trouxe destruição e desgraça não somente a sua vida, mas também deixou o povo que tanto contava com ele a mercê dos filisteus.
Da mesma forma, quando você insiste em se relacionar com alguém que não serve a Deus, está se abrindo a desgraça e a destruição, e um desfecho da sua historia pessoal que é quase certo será tão triste e desastroso quanto o de Sansão.
No Novo Testamento também temos uma advertência forte sobre o relacionamento com um descrente: “Não entrem debaixo do mesmo jugo daqueles que não amam ao Senhor, pois que tem o povo de Deus em comum com o povo do pecado? Como pode a luz conviver com as trevas? E que harmonia pode haver entre Cristo e o diabo? Como pode um cristão ser companheiro de alguém que não crê?” (2 Coríntios 6.14,15)
Para que um amor seja duradouro, o relacionamento entre duas pessoas precisa estar permeado de uma vida ativa e real com Deus. E na hora de escolher seu futuro cônjuge, esse deve ser o critério principal.
Toda vez que eu vejo alguém quebrar esse princípio, com raríssimas exceções, o fim é sempre trágico. Muitas vezes a pessoa acaba se iludindo, e começa a racionalizar: “Eu vou conseguir trazê-lo para perto de Deus”.
Mas quase sempre acontece o contrário. Você é que começa a correr o risco de se afastar do Senhor. Ao quebrar um princípio da Palavra simplesmente para as coisas acontecerem do seu jeito e conseguir um relacionamento mais rápido, você está se abrindo à maldição, ao engano e à tristeza. Se você mantiver um compromisso de procurar o amor da sua vida da forma correta, irá colher uma seara de bons frutos na sua vida por essa sabia decisão.
Trecho retirado do livro À procura do amor da sua vida, de Gary Haynes

O que faz um Casamento Funcionar?


Algumas vezes sou deparado com a pergunta: “Como você pode estar tanto tempo casado com a mesma mulher e continuar apaixonado por ela?”
Penso que não se trata de apenas um fruto do acaso ou de, como existe no imaginário popular, achar a pessoa certa – a metade da laranja! São vários os fatores que contribuem para o sucesso no casamento e gostaria de discorrer sobre apenas alguns deles.
Em lugar eu creio que o casamento é um espaço para a aprendizagem. Quando eu estou aberto a aprender com o outro que é diferente de mim, estou em constante processo de crescimento. Muitos casamentos acabam porque as pessoas não querem crescer. Acreditam que a sua forma de enxergar o mundo é a única correta e que nada vai faze-los enxergar a realidade diferente. Assim vêem na diferença uma ameaça e fonte de constante atrito e não uma oportunidade contínua de ser despertado para ver a realidade de uma forma diferente e, ainda por cima, por alguém que me ama! Não conseguiram entender que AMBOS, homem e mulher são portadores da IMAGEM de DEUS (Gen. 1:26-28) e que são ontologicamente iguais, MAS funcionalmente diferentes e a diferença é outorgada por Deus como BENÇÃO para desenvolver a CRIATIVIDADE!
Em  lugar o casamento é um local de construção. Precisamos ter projetos comuns e perseguir sua construção. O mundo moderno conspira contra isso. O individualismo egocêntrico que permeia as relações sociais deságua no casamento e faz com que as pessoas construam projetos individuais e forcem o outro se adaptar ao seu projeto individual – o que não dá certo. Perdeu-se a noção do NOSSO! Precisamos criar uma história comum, cheia de aventuras, dramas e muita, MUITA diversão juntos – quando somos capazes de rirmos juntos de uma situação, a solução já está a caminho! Um estudioso do assunto escreveu:
“Educadores reclamam que pessoas jovens, hoje em dia têm muito pouco senso de história, eles vivem apenas o presente sem memória. Essa amnésia apresenta uma certa falta de raízes, e eu acredito que isso contribui para um alto índice de divórcios”.
Finalmente é preciso aprender a PERDOAR! Mesmo casais que se dizem cristãos têm, muitas vezes, dificuldades de perdoar. Criam a fantasia de um parceiro(a) perfeito e infalível. Quando percebem que o outro é humano e comete falhas, reagem com frustração e desprezo. Precisamos reconhecer que somos imperfeitos – em constante construção, mas ainda imperfeitos – e que como fruto desta imperfeição cometemos trapalhadas. Muitas vezes tentando acertar fazemos trapalhadas. O remédio: uma atitude humilde de reconhecimento das trapalhadas e um pedido sincero de perdão e, do outro lado, uma atitude perdoadora. Algo que eu pratico com minha esposa nestes nossos 25 anos de casado é ORARMOS JUNTOS todas as noites antes de deitarmos. Porque? Para que ‘o sol não se ponha sobre nossa ira’ – que é um princípio de extrema sabedoria na Bíblia. Quando nos colocamos lado a lado para orar ao Pai, temos que estar bem um com o outro – senão é ritual e não oração. E para estar bem precisamos conversar e pedir perdão e perdoar. Às vezes ficamos um bom tempo conversando antes de orarmos – pois acredite, eu também sou imperfeito – mas NUNCA fomos dormir sem estarmos bem um com o outro – e isso faz MUITA diferença!
Existem outros fatores igualmente importantes, mas creio que se começarmos observando estes pequenos princípios já estaremos dando passos gigantescos para termos casamentos que perdurem!
Pr. Fabio Augusto Moraes

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

As Fases do Filho Pródigo

Poucas passagens da Bíblia são tão expressivas e tocantes. Um jovem bem criado se rebela, sai para conhecer o mundo, perde tudo que tinha com os prazeres, se arrepende e é reabilitado por seu pai. Poderíamos resumir assim, mas os detalhes são importantes para nossa análise.

A fase do encanto

Este jovem teve infância e adolescência. Certamente alegre nas pradarias da Palestina. Sob os cuidados do Pai foi privado de muitos perigos e guiado a um futuro que se revelaria semelhante ao do irmão mais velho, cuidando da fazenda dos seus. Esta fase inocente e idílica oculta os verdadeiros desafios da vida. Aqui me lembro de José. Alguém já disse que jovens são super-homens e super-mulheres, porque pensam poder tudo!

A fase da revolta

Após a puberdade vem o inconformismo. Nada satisfaz, corpo, casa, comida, amigos, família, igreja. Todos são culpados. Cioso do butim proporcionado pela herança, ele quer conhecer o mundo. Não pesa palavras, gestos, decisões. Como pedra sua mente se fecha às ponderações paternas. Ele obriga a que sua parte da herança seja convertida em dinheiro, fácil de carregar e manipular e desaparece, quem sabe, nas brumas da noite em um dia qualquer.

A fase da supremacia

Por vinte e poucos anos discutira ética e preceitos em casa, articulando a vida de forma teórica. Tudo ruiu quando em terras distantes foi colocado à prova. Ele se entregou aos desejos mais sórdidos, fez os amigos da pior qualidade, do tipo interesseiro e aproveitador. O dinheiro não se acabaria tão cedo. Era o chefe supremo de sua própria vida, senhor de sua história.

A fase do desencanto

Tudo era uma névoa que obscurecia a verdade sobre as pessoas. Até então o jovem trabalhara com seu Paí, mas não sabia o valor do dinheiro. Quando saiu de casa e levou a herança, podia comprar amigos, prazeres e companhia. Mas o dinheiro acabou. E então começaram os problemas. Sem dinheiro não havia prazeres e amigos. O jovem perdera tudo. Descobriu agora que também havia se perdido pelo caminho, fazendo as piores escolhas.

A fase da reflexão

A urgência da fome o leva a um dos trabalhos mais repulsivos a um judeu: cuidar de porcos. Enquanto deles cuidava, desejava seu alimento. O paradoxo do pecador: ele sabe que a vida é caótica, mas busca afundar no charco em que se revolve. Refletia que os trabalhadores de seu Pai tinham comida melhor. E decidiu voltar.

A fase do retorno

O que dirá meu Pai? Qual será sua reação? O que dirá meu irmão? Quais serão meus argumentos? Que retorno dolorido!? A última milha, a mais cansativa. Os últimos metros, os de passo mais pesado. Súbito, um abraço o envolve. Era seu Pai que esperava seu retorno, sem perguntas, sem discriminação, somente com amor.
 
Meu filho estava morto e reviveu!

Folha Amassada

Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:
A M A S S E – A! Com medo , obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me. Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas.
O professor me disse, então:
- O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados. Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.
Quando sinto vontade de estourar, lembro daquele papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos alguém com nossas
ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais...
Alguém já disse, certa vez:
- Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio.
Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro.
Acredite, principalmente em seus sentimentos! 
 
Pr. Fabio Augusto